terça-feira, 15 de maio de 2012

Psicologia do vestir

Há uma psicologia por trás de seu guarda roupa. Descubra-a.

Seu estilo diz muito sobre você. O que você veste pode informar a um desconhecido qual o seu emprego, bem como suas emoções, ambições e hábitos de consumo. E agora até existe uma forma inteiramente nova de psicologia. 

A psicóloga clínica Dra. Jennifer Baumgartner literalmente escreveu um livro sobre o fenômeno, que ela chama de “psicologia do vestir”. Em “Você é o que você veste. O que suas roupas revelam sobre você”, ela explica não somente como a psicologia determina nossas escolhas de vestuário, mas como para superar problemas-chave psicológicos seu guarda-roupa pode estar trazendo-os à luz no seu dia-a-dia, ou mesmo em seu trabalho.

 “Comportamento de compra e gasto geralmente vêm de motivações internas como emoções, experiências e cultura,” diz a Dra. Baumgartner. “Você olha os comportamentos de compra e armazenamento, e até mesmo como misturar as peças, e as pessoas pensam nisso como sendo uma bobagem. Mas qualquer comportamento é enraizado em algo mais profundo. Eu olho para o significado mais profundo das escolhas, do modo como o faria em terapia.”

Conversamos com ela para entender por que roupas são tão reveladoras (das nossas personalidades), que mensagens estão enviando e como você pode utilizar seu armário para mudar como os outros lhe percebem – e até mesmo o que você pensa de você.


Como nós usamos roupas como um apoio, e uma arma

Americanos contam com as roupas como indicadores social e econômico porque não há marcadores oficiais de classe como um sistema de castas ou aristocracia, diz a Dra. Baumgartner.

“Quando você não tem um sistema específico, as pessoas inventam o seu próprio,” ela explica. É o que “ajuda a descobrir onde você se encaixa. Especialemente agora, com a economia, pessoas perdendo status, manter um senso de quem somos é ainda mais importante. Nossas roupas ajudam a nos colocarmos onde pensamos querer estar.”

Ela cita a série Real Housewives como exemplo: “Veja o modo como elas focam em dinheiro. Quando brigam, elas usam logos e designers como uma maneira de humilhar umas às outras. Elas estão usando roupas e acessórios tanto como uma ferramenta para saber onde se encaixam como uma arma contra os outros.”


Roupas que projetam uma imagem boa ou ruim

Já te disseram que você pode julgar um homem por seus sapatos? Infelizmente, não é assim tão simples. 

Não existe uma peça ou estilo que faça a pessoa parecer bem sucedida. A Dra. Baumgartner recomenda os básicos quando quiser tentar projetar uma imagem positiva: o pretinho básico, o blazer, os scarpins. “Com clássicos, a história fez o trabalho por você. Atravessou os tempos, então você já sabe que funciona,” ela diz. E o que é que faz de um clássico um clássico? “Tem múltiplas funções e é apropriado para diferentes faixas etárias e tipos de corpo. Se tornou um clássico porque funciona não importando quem você seja.”

Por outro lado, não há uma peça ou estilo que faça uma pessoa parecer um fracasso. “Qualquer coisa que pareça que você não teve tempo ou fez algum esforço se torna negativo,” diz a Dra. Baumgartner. “A pior roupa é a que tenta se desfazer, ignorar ou esconder onde você está ou quem você é, ou o tipo que mostra que você não prestou atenção ao seu corpo/idade/situação... Qualquer roupa que impede que você faça bem seu trabalho manda a mensagem errada.”


O que suas roupas dizem a você, não sobre você

Um estudo desse ano, da Northwestern University, examinou um conceito chamado “cognição da roupa.” Pesquisadores definem em seus relatórios como sendo “a influência sistemática que as roupas têm nos processos psicológicos dos que as vestem,” ou seja, o que suas roupas estão dizendo a você e não sobre você. E como elas fazem você se sentir.

Os pesquisadores distribuíram jalecos brancos padrão para os participantes, contando a alguns que se tratava de um jaleco de médico e a outros que era um avental de pintor. Todos os participantes realizaram a mesma tarefa, mas aqueles que usavam o “jaleco de médico” foram mais cuidadosos e atentos. Suas ações foram influenciadas por suas roupas.

O mesmo pode ser verdade para você. Quando uma amiga te puxou para fora de casa e disse “Vá se arrumar! Você se sentirá melhor!” após seu ultimo rompimento/entrevista frustrada/dia horrível, ela tinha razão. “Quando você se veste de uma determinada maneira, isso ajuda a mudar seu estado interior,” explica a Dra. Baumgartner. “Nós percebemos isso ao fazer transformações, e mesmo atores dizem que vestir o figurino facilita a expressão do personagem. É tão verdade quanto para o cotidiano.”

A cognição da roupa dá prova científica à idéia de que você deve se vestir não do modo como se sente, mas do modo como quer se sentir. Quais roupas a fazem sentir poderosa? Sexy? No controle? Rica? As roupas que você escolhe estão enviando mensagens àqueles à sua volta, mas também a você, você mesmo.

Em “Você é o que você veste”, a Dra. Baumgartner lista alguns dos problemas de guarda-roupa e percepção mais comuns. Você se reconhece em algum dos abaixo?


Se você…
Você pode…
Considere:
Guarda cada peça de roupa que já possuiu
Estar se agarrando ao passado através do valor sentimental de suas peças
Adotar a Proporção de Ouro do Guarda-Roupa: se livre de 2 ou 3 itens, incluindo os que não servem, estão velhos ou fora de moda
Só veste neutros, altamente desprovidos de acessórios
Estar preso à rotina, muito confortável para dar uma sacudida, ou muito temeroso de atrair muita atenção
Se afastar do seu hábito em pequenos passos (fazer um caminho diferente até o trabalho, adotar novos acessórios da estação) para trazer ao seu cérebro uma sensação de animação
Veste roupas grandes demais para seu corpo
Enxergar seu corpo diferente do que outras pessoas vêem, ou como ele já foi um dia
Levar uma amiga honesta às compras para descobrir o que fica bem em você , ignorando tamanhos e se acostumando a usar roupas que realmente servem
Já foi acusada de se vestir inapropriadamente ou sexy demais
Considerar o mesmo traje apropriado para todas as ocasiões (por exemplo, sair à noite e churrasco de família), ou estar procurando o tipo errado de atenção
Pensar na imagem que você quer projetar em situações específicas (no trabalho, na cidade) e escolher os trajes baseados em dicas dos que estão ao seu redor
Se veste de maneira muito jovem ou muito antiquada para sua idade
Estar tentando expressar com que idade se sente, mas sendo pega entre sua idade real e sua idade interna
Se armar de roupas que ajudem a atingir seus objetivos (como conseguir uma promoção, conhecer um pretendente, viajar o mundo), ao invés de uma determinada idade
Está sempre com suas roupas de trabalho
Se valorizar primeiramente por seu trabalho e conquistas profissionais
Reconhecer seus talentos fora de seu trabalho (grande artista, compassivo, divertido em festas, etc.)
Se cobre de logos de marcas e designers
Pensar que precisa mostrar riqueza para ser bem tratado pelos outros
Usar peças que sirvam de “tela em branco” e apenas dar um toque com logos para enfatizar que as pessoas te valorizam por mais que suas marcas
Vive em seu “uniforme de mãe” de jeans e moletom
Colocar as necessidades de sua família a frente das suas próprias
Tirar mais tempo para você. Lembre-se: Quando mamãe não está feliz, ninguém está
 
Fonte: Money Rubber Band

2 comentários:

Viviane Souza disse...

Amei o post! A maneira de se vestir realmente ajuda a passar uma informação sobre o que somos, "estamos" ou o estado de espírito. Bjo
http://anebijueacessorios.blogspot.com

Anônimo disse...

wonderful post.Never knew this, regards for letting me know.